domingo, 26 de janeiro de 2014

Nesses dias de Sol

Fomos tanto, com tão pouco
Carregámos mundos no olhar
Cantávamos na chuva
Nesses dias de Sol

Forjámos promessas com o olhar
Na pressa de tecer histórias
Gravadas no ar que as levou,
Pois promessas são palavras, afinal

Silêncios falavam tudo o que
Não dá para falar
(Silêncios falam mais alto)
Fazíamos memórias
Nesses dias de Sol

Fomos e já não somos Nós
Fomos um tiro no escuro desde o inicio
Somos uma sombra do que um dia fomos
Mas o Tempo que nos viu um dia,
Juntou nas voltas da vida, quem o fez parar
Separados pela distância
Mas unidos pela lembrança

Pois nunca é tarde para sangue jovem
Para um novo ato em que recuperamos
o que um dia foi Nós
Nesses dias de Sol

 - MF


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