Nos meus
poemas vive a dor.
Acumulei-a
com a vida,
Em tudo o
que me deixei perder.
Refugiei-me
nas palavras,
Foi o mais
perto que consegui
De pertencer
a algo, a alguém.
Na solidão,
nada mais tive que sonhos.
Perdi-os com
o tempo,
Que me levou também a esperança.
Que me levou também a esperança.
Agora já não
sonho,
Mas antes,
quando sonhava,
Conseguia
ser feliz, ainda que só por momentos.
No meu
mundo, era inteiro.
A idade era
um número,
Não me
governava.
A morte, uma
lenda,
Histórias
para crianças rebeldes.
Tinha as
rédeas do Tempo,
Nada mais
precisava.
Vivia os
sonhos de mil homens,
Mas sem os
viver.
E quando
abria os olhos,
Voltava à
mesma solidão,
Que me
consumia, que me consome.
Era tudo num
universo de nada,
Mas ao
voltar, a escuridão revelava
Que era
afinal nada, num universo de tudo.
Hoje, já não
sonho.
Já não vivo
em mundos imaginários,
Apesar de
eles ainda existirem.
Mas a
escuridão mantém-se.
Ecoa na
minha alma
Em cada
momento que passa.
Nos meus
poemas vive a dor.
Acumulei-a
com a vida.
Mas hoje
despeço-me.
Olá :)
ResponderEliminarFiquei surpreendida há 2 dias quando descobri este blog e me apercebi do quão belo era. :) Fiquei duplamente surpreendida ao ler um poema da Mariana. :) E agora fiquei triplamente surpreendida ao ler um poema teu. :) Fico sinceramente sem saber bem o que dizer. :)
Boas leituras e boa escrita
Rosana
http://bloguinhasparadise.blogspot.pt/