sábado, 29 de março de 2014

No palácio da Memória


Hoje somos nós, respiramos amor
amanhã cairemos no olvido, nus
de arrependimentos, pois somos
tanto sangue, tanta luz e tanta vida

Era sombra até te ver chegar puro
A vida fluí em mim, quando pensei
nunca mais a recuperar...
Contigo sou mais alta, mais solene

Não sei que acaso ou que ventos te
trouxeram a mim, que céus nos viram
e derramaram em nós todo este amor
que queima e faz tremer a alma

Onde quer que as almas sejam feitas
a tua e a minha são duas metades de
algo que não sei, mas é etéreo

Em dias de chuva nos fizemos fortes
Trazemos a dor e a vontade de viver
De pé, hoje tão altos a forjar memórias
Sorris e eu sorrio. Estamos vivos

Vamos ficar, deixar-nos ser até que o
tempo nos leve, nos gaste os corações,
dissolva a flor em nós e nos faça frios
Antes que a vida queime o nosso trono

                                              Haverá Sol, no palácio da Memória,
eternos no espectro de luz que nos
cobriu e nos lugares e músicas que
fizemos nossos, meu amor...

MF

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