sexta-feira, 21 de março de 2014
Sangue jovem
Calamo-nos aos dois com um beijo
pois as palavras só causam dano
Deixamos o silêncio abarcar-nos
Somos um só, livres nesse ensejo
Perscruto o teu olhar cru marejado
de promessas, e palavras diáfanas
Esqueço-me de mim nesse enlevo
Absorta por tudo o que há alado
Urge a necessidade de te escrever
esculpo a partir do silêncio e treva
Teu sorriso vivo guardado, teu toque
calor e frémito, teu olhar a tecer
Em nós a saudade de dois amantes
a pressa e o fulgor de sangue jovem
Eternos no compasso de um beijo
Cessa o tempo nesse nosso instante
MF
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