terça-feira, 1 de julho de 2014
Lágrimas
Ás vezes, não sei quem sou. Salto fronteiras, deambulo por florestas assombradas, observo o céu nocturno em busca de uma luz... mas sem nunca encontrar o núcleo do meu ser. Sem nunca encontrar quem verdadeiramente sou, por detrás de todas as dores em que me escondo.
Ao longo dos anos mudaram as estações, mudaram as paisagens, mudaram as pessoas mas, em mim, apenas a aparência se alterou. Continuo a alimentar-me da solidão para sobreviver, continuo a escrever palavras ocas em busca de um sentido, continuo a ver o tempo passar enquanto espero que a minha vida comece. O desespero ainda me consome, os medos ainda me paralisam. Sou tão vazio por dentro como era. A vida passou e eu fiquei para trás. Agora vagueio pelos lugares que amei, que me recordam do que era sentir inexplicavelmente, e espero, desesperadamente, que a minha hora chegue, segundo a segundo.
PN
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