quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Sonho semi-lúcido





~01:17
 6 de Agosto de 2014

De alguma maneira, irei sempre amar quem já amei. Sou poeta, não deixo morrer nada em mim, nada consigo esquecer. Crio versos a partir de olhares e beijos, silêncios e fantasias distantes. Mas não há nenhum príncipe encantado, nenhum objeto singular do meu amor a quem todos os meus textos românticos são direcionados -  Às vezes escrevo como se chamasse por alguém. Umas vezes esse alguém é real, outras vezes não passa de uma criação onírica, farrapos de uma alma que tenciono encontrar. Os textos misturam-se, a mente é confusa e escrevo, escrevo sobre várias pessoas como se fossem uma só. Hoje alguém me assaltou em sonhos... estávamos juntos, apaixonados como nunca estivemos pois não me deixaste ser tudo aquilo que podia ser, não te deixaste sentir tudo aquilo que te podia dar. Dei significados falsos à atenção que me davas, na minha ânsia de pertencer, estar em algo que não eu. Podia jurar que via algo nos teus olhos. 

Talvez uma parte de mim ainda te ame, ou ame imaginar tudo o que poderia ter sido, sonhando-te quando nada o faria prever, pois sei que segui em frente e nessa viajem consegui verdadeiramente sentir o que era amar e ser amada. 

Assaltada por sonhos vívidos,
estava junto daquele que me negou
pudessem os sonhos ser reais
e não ser aquela que chorou...

MF

mb

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