sábado, 20 de setembro de 2014


[fantasmas]

Envelheço nestes trilhos solitários em que me procuro e me encontro a perguntar por mim. Ausente, inerte, descrente. Envelheço enquanto escrevo, enquanto amo fantasmas que um dia foram almas perto de mim, perto do meu coração. Amo-os nos meus versos, amo as farpas que me cravaram, amo o amor insuficiente que me deram, o amor provisório, amo as memórias que pintaram mundos cá dentro. Amo-os porque até eles só existi. São inspirações terrenas divinas, sinto as palavras fluir dentro de mim. 

Estou só com os meus fantasmas. Fantasmas criam raízes, em almas de poetas.

MF

Sem comentários:

Enviar um comentário

  [Serás humano até ao fim] caminhas tocando as paredes numa divisão obscura os caminhos múltiplos, as escolhas pressionadas por um tempo de...