domingo, 28 de setembro de 2014

[02:33]

Escrevo essencialmente para mim, como estou a fazer neste exato momento. É a minha forma de lembrar, de me curar, de gravar, compreender, de chorar e de as lágrimas verterem palavras, escoarem farrapos de dor em putrefacção. No entanto, dirijo-me a outras almas em alguns poemas, na esperança de acalentar corações trémulos. Nesses momentos esqueço-me das minhas dores, armo-me de força para dar o exemplo. As minhas palavras vestem-se de luz e esperança. Não é falso, não é figurado, cada palavra é sentida. Também eu sou luz e esperança, no meio das brumas com que visto os meus textos.

Espero que as minhas palavras te atinjam a ti e a ti ou até mesmo a ti, como um raio de vida, como uma súbita revelação. Espero sinceramente ter retido lágrimas que teimavam em pressionar esses olhos, com um poema meu. Caso contrário, choremos juntos.


MF

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