sexta-feira, 12 de dezembro de 2014





[rascunhos Dezembro]

outra ficção /


estou diante de ti, mas não me vês. esforço-me por tornar visível esta alma que clama por uma fusão.
entrevê além das palavras, o caminho até mim. somos densidades cósmicas.
ama-me mesmo que não me toques, ou beijes ou abraces (atinge-me com os teus olhos).
ama-me com um diálogo que atravesse cada barreira e misture as nossas essências.
às vezes só preciso disso. porque és tão parco de palavras?

                      pensei que serias o mistério em que me lançaria, desta vez,
sem medo de morrer.





MF

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