II
Mas volto sempre. Lá fora não entendem porque venho tantas
vezes até aqui onde me deito e descanso com estrelas. Não entendem como amo o
silêncio e os retratos projetados ao lado das estrelas, também eles
fulgurantes, também eles imutáveis e eternos, neste planeta parado.
Amo tudo aquilo que é vasto e alto - é onde verto as coisas
pressionadas e destinadas ao abandono, ao grande esquecimento do mundo. As minhas pequenas coisas são-me a alma e só
cá dentro lhes pressinto todas as cores e acho-lhes as palavras que não falam a
mais ninguém.
MF
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