quarta-feira, 6 de maio de 2015






II

Mas volto sempre. Lá fora não entendem porque venho tantas vezes até aqui onde me deito e descanso com estrelas. Não entendem como amo o silêncio e os retratos projetados ao lado das estrelas, também eles fulgurantes, também eles imutáveis e eternos, neste planeta parado.

Amo tudo aquilo que é vasto e alto - é onde verto as coisas pressionadas e destinadas ao abandono, ao grande esquecimento do mundo.  As minhas pequenas coisas são-me a alma e só cá dentro lhes pressinto todas as cores e acho-lhes as palavras que não falam a mais ninguém.








MF











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