sábado, 17 de outubro de 2015




Frida Kahlo as the hunted deer



A morte, a inocência, estas duas palavras impossivelmente ligadas. As coisas que nascem e que morrem hoje e para sempre, até um sempre que não sei. Porque continuamos todos a nascer? Se há dor. Mas também há prazer e algumas pequenas grandes coisas e gestos comovedores, gestos de titãs, abstractamente pensando que se houvesse deus este enternecer-se-ia e chamar-nos-ia de titãs - Titãs emocionais, titãs bípedes feitos de carne e osso e com corações que amam o mundo, o mesmo mundo que os corta em mil pedaços. Porque amamos ainda? Às vezes desejo ser pedra, mas logo me encho de coragem, sim, coragem - Quero ser titã. Aceito a morte que vem com o amor. Aceito ver morrer a inocência. Só tenho de aprender a sanar a raiva e aceitar que tudo se transforma em outra coisa, e ser grata por o poder escrever.


MF



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