O silêncio impresso no rosto,
já não é rosto, é paisagem
imaculada, imperturbável,
o brilho nocturno do olhar diz
- Não estou cá, e ocupo o mundo inteiro
dentro de mim
o vácuo fervilhante de palavras
galáxias lentas numa dança
matrizes, paisagens indizíveis
e o rosto nada acusa,
(é um estranho lugar que nos paralisa a expressão)
nada acusa da vida profundíssima
inacessível aos que têm medo
de se perder.
To. DCL
MF
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