quarta-feira, 9 de março de 2016





[Alguém.
(Pressente-nos.)]


Não sabes.
que por detrás de mim e da pedra
possuo a sensibilidade e empresa das aves
e experimento o beijo do ar parada e em voo
e sinto toda a pulsação rítmica do Universo
numa efervescência contida

tacteio levemente por dentre a Beleza, o subtil, a calma
e adormeço e sorrio às vezes nas planícies de Deus,

Sozinha.

quero que adormeçam lá comigo um dia e para sempre
quem chore porque foi tão belo
quem chore porque foi tão sem tempo
quem bana as palavras do espaço entre um nós 
e no silêncio ame antes mesmo de nos tocármos.


MF


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