Tremendo sob as mãos de um deus
já não é pai
paira
como temor
sem amor
penso quadros abstractos
penso
pinturas
rostos humanos
acrílicos, aguarelas
o mistério da auto consciência
pintando
o deslizar do véu
sei que há um véu
e o entrave da realidade que não aceito
tristemente material
pesam a fragilidade
o hálito acre da decadência
não acho humanidade em mim
nestes dias
somente uma compaixão nauseada
de ser da mesma matéria
a arrogância diz que tenho um espírito
mas onde mora o espírito
e onde faço as pazes com o mundo ?
olho com olhos estranhos para humanos iguais
com olhos estranhos
não sou igual?
Sem comentários:
Enviar um comentário