segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Melanie Challenger e uma defesa naturalista

Fonte: Juan Osorno

 

Edição portuguesa: Ser humano, Ser animal

Dissecação do antropocentrismo e do racionalismo que define o Ocidente como uma impressão digital que longe de ser congénita é histórica e socialmente adquirida.
O conceito de dignidade, o especismo, a biotecnologia e os paradoxos concomitantes que enfrentamos no transumanismo tão próximo. A negação de sermos um animal e o separatismo inevitável, o divórcio com a natureza e a vontade de domínio e controlo.
É impossível avançar tecnologica e moralmente sem uma reflexão profunda sobre aquilo que somos e para onde vamos. Despidos de pretensões de superioridade de raça, talvez possamos comungar e acenar com respeito para todos os seres. Talvez fossemos melhores, se nos víssemos como animais. Sem repressão da vergonha de nos vermos nus, da senescência, da morte.
Com a empatia, compaixão, vulnerabilidade, hostilidade, medos e ansiedades.
Challenger escreve com paixão, com maestria, num estilo que ultrapassa a mera objectividade da divulgação científica, conseguindo a tónica sensível capaz de chegar não só à mente como ao coração do espírito. Impactante, surpreendentemente simples o tema mas com repercussões paradigmáticas na discussão ética do presente e do futuro da evolução humana.


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