quinta-feira, 19 de junho de 2014

Pára tempo, pára onde fugiste de nós



Pára tempo, pára onde fugiste de nós
onde foste vento fugaz?  não nos deste tempo
porquê, porquê ? 
não sei mais que fazer contigo, passas lento,
qual fardo impossível nos meus ossos sós

Pára tempo, pára onde fugiste de nós
transporta-me de novo para lá, onde só eu sei
podia ter ficado ali para sempre, a vida dentro 
de mim, a vida dentro de nós
retrocede, nos teus emaranhamentos insondáveis , 
retrocede

porque segues, porque vais mais rápido, 
quando eu quero ficar, porquê, porquê ? 

Pára tempo, pára onde fugiste de nós
onde te fizeste areia fina nestas trémulas mãos
onde eu olhei para alguém e pensei - é aqui que 
acontece a vida, alguém veja isto, alguém
aqui. neste instante. nesta brisa. neste olhar
neste riso. o mundo é nosso, afinal.

MF



Sem comentários:

Enviar um comentário

  [Serás humano até ao fim] caminhas tocando as paredes numa divisão obscura os caminhos múltiplos, as escolhas pressionadas por um tempo de...