segunda-feira, 21 de julho de 2014

Palavras



Que sou eu mais que as vãs palavras que escrevo? Quando partir, será o que restará de mim. Navego por entre versos do passado e encontro os mesmos sentimentos de agora. Apesar da experiência e maturidade que adquiri, por dentro, estou perto de ser o mesmo. Assusta-me aperceber-me disso: toda a esperança que depositei no futuro revelou-se infundada. Contudo, ainda vivo das mesmas esperanças descabidas que me mantiveram inteiro na infância.
Sou o fruto de uma planta quebrada.
Sou a sombra de uma vida.

-PN

2 comentários:

  [Serás humano até ao fim] caminhas tocando as paredes numa divisão obscura os caminhos múltiplos, as escolhas pressionadas por um tempo de...