quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Instabilidade da alma





19-11-2014
madrugada

Arranjem-me outro coração - este sofre a instabilidade da alma que não o arruma. Façam-me viva. Não posso envelhecer na minha idade. Morro nos dias. Escrevo em fragmentos de anseios recalcados. Escrevo com a extenuação das noites inquietas. Reencarnasse eu nas insónias de um deus. Procuro palavras que descrevam dores incógnitas. Procuro a fonte de onde elas se vertiam. A fonte estagnou. As metáforas estão gastas, as metáforas escasseiam. Sinto-me à beira do vácuo onde as palavras findam e o ser implode na impotência de se exprimir.

MF


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