@afterjoseph |
Hoje recordo o tom escarlate de um bom apocalipse
- tempestivo plácido paroxismo talvez gravado
na Memória da Espécie;
prazer embebido numa aura de proféticos sentidos,
certeza de sermos impossíveis milagres
que na carne se manifestam em rubros instantes
onde rimos e se aniquila todo o passado e futuro,
abraçados, suaves mãos, as tuas,
tocadas pela superfície mais que sensível
das digitais dos meus dedos e das unhas
que cresceram num intervalo sem ânsias maiores,
o teu corpo, parede humana, onde o medo se esvai ,
e os teus lábios plataformas,
onde o aqui e o quando perde o nome agora e mais tarde.
MF
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