[Caderno]
17.10.2015
(1:40 - 2:20h)
*
Os versos palpitam-me na cabeça, como profecias sem razão, implantadas por um espírito não humano e mais que humano. Capto a voz que é minha mas que me nasce sem que eu saiba de onde ou porque nasceu.
(E escrevo sem saber o que vou ler.)
*
Aprendi as palavras, mas de onde veio a canção?
*
Poderia ser Deus? - Deus ali materializado, quando os dois primeiros humanos se amaram.
*
Há esta obsessão de pensar cada verso. Este medo de escrever sem pensar. Que mal poderia haver afinal, no final? Talvez o assombro de que faço mais sentido sem pensar.
(ou que sem pensar não faço sentido nenhum, de todo, e este calvário é necessário - pensar.)
*
Sou os mil gestos apagados num futuro que não deixo ser.
MF
Sem comentários:
Enviar um comentário