sábado, 17 de outubro de 2015





[Caderno]

17.10.2015



(1:40 - 2:20h)
*

Os versos palpitam-me na cabeça, como profecias sem razão, implantadas por um espírito não humano e mais que humano. Capto a voz que é minha mas que me nasce sem que eu saiba de onde ou porque nasceu.
(E escrevo sem saber o que vou ler.)

*

Aprendi as palavras, mas de onde veio a canção?


*

Poderia ser Deus? - Deus ali materializado, quando os dois primeiros humanos se amaram.


*

Há esta obsessão de pensar cada verso. Este medo de escrever sem pensar. Que mal poderia haver afinal, no final? Talvez o assombro de que faço mais sentido sem pensar.
(ou que sem pensar não faço sentido nenhum, de todo, e este calvário é necessário - pensar.)


*

Sou os mil gestos apagados num futuro que não deixo ser.



MF






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